Páginas

4/07/2016

A HISTÓRIA DO MOTOR GM 6CIL

                                                     A HISTÓRIA DO MOTOR GM 6CIL

Conheça a história do
motor brasileiro que faz história até os dias de hoje
Esse é um dos poucos motores míticos com maior idade e com maior identidade, seja pela identificação com seus donos, seja pela sua trajetória. Não tem a mesma popularidade do  motor AP, da volkswagem, mas tem, com certeza, muito mais glamour. E diferentemente do AP, não foi concebido de uma junção de montadoras e projetos. Sua verdadeira origem é de 1929, com 194 polegadas cúbicas, e seu apelido era Stovebolt. Onde o termo se origina é um assunto de muito debate! A explicação mais plausível é que a haste nas laterais dos primeiros blocos foram unidos com parafusos que pareciam muito com os fixadores típicos usados ​​para montar fogões a lenha. Este motor usou um virabrequim de aço forjado, com três rolamentos e pistões em ferro fundido. Diâmetro e curso foi de 3,3125 in (84,14 milímetros) por 3,75 em (95,25 milímetros).  Isso gerava 37cv de potência. Quando foi lançado, o marketing era: “A maravilha de ferro fundido”, ou “Seis pelo preço de quatro”
651px-1933_Chevrolet_engine copy
Na verdade, não havia nada de muito notável sobre o motor, exceto que ele foi projetado para ser construído muito economicamente. Ainda assim, o “Stovebolt Six” foi um sucesso absoluto. Em seu primeiro ano no mercado, a Chevrolet vendeu um milhão de carros, e em 1931 a Chevrolet tinha arrancado a liderança de vendas da Ford e manteria nos próximos 30 anos. Um projeto básico e eficiente que iria equipar Chevrolets até meados dos anos 1950. Esse motor de seis cilindros cresceu no deslocamento progressivamente ao longo dos anos com muitas versões, que podem ser divididas em 3 gerações:
Primeira geração: 194, 181 e 207. Foram utilizados em caminhões e carros GM e GMC. Excepcionalmente em 1935 e 1936 ,a Oldsmobile usou um motor maior, o 216, que nunca mais foi concebido.
Histórias não faltam para ilustrar o mundo desse motor. Uma excelente é sobre a fuga de 5 professores holandeses dos nazistas, em plena segunda guerra mundial, usando um barco com um motor…GM 194. Percorreram 160 km, com o escape do motor dentro da água, para abafar o ruído durante a noite.
Segunda geração: sem grandes mudanças em relação a primeira: 216, 235 e 261. Foram utilizados em caminhões, e carros GM e GMC em diversos países, até o ano de 1962. No Brasil, o motor 261 (4.2L) foi utilizado também na primeira geração da Veraneio.
Terceira geração:  194, 215, 230, 250, 250-s, L22, LD4, LE3, 292 e L25. Embora as dimensões exteriores eram semelhantes aos Stovebolts anteriores, esta geração era mais leve. Haviam 7 mancais de virabrequim (contra 4 das versões anteriores), câmara de combustão modificada, e balanceiros semelhantes aos utilizados nos motores V8. Esses motores, lançados em 1963, equiparam caminhões, carros, esportivos, etc. Camaros, Chevys Nova, Corvetes…e Opalas!
Como essa matéria é sobre o motor GM 250-S, não cabe falar sobre o Opala, propriamente dito. Todos sabemos quando foi lançado, como foi…etc. Ou não?
Ok, vamos resumir. O Opala é um projeto de 1966, com a junção da carroceria do Opel Rekord alemão com a mecânica do Impala norte-americano, que usava o motor 230, de 3.8L, gerando 125cv. Foi lançado no Brasil em 1968, e dois anos após, em 20 de junho de 1970, Bird Clemente,  na Rodovia Castelo Branco marcou 232,510 Km/h. na média de duas passagens, conforme regulamento da F.I.A. O bloco do motor de 3.769cc, o virabrequim, os pistões e as bielas eram os originais, só a taxa de compressão era aumentada e três carburadores Weber duplos. Vale lembrar que esse recorde só foi batido 20 anos depois,  pelo piloto Fabio Sotto Mayor , que em 1991 levou seu carro à rodovia Rio-Santos. Adivinhem que carro era? O motor era um 250-S, com trio de weber 44 e um comando 278, que beirava os 400cv. Fábio conseguiu chegar a 315 km/h em uma passagem com o vento a favor, mas no final a média homologada foi 303,157 km/h.
Em 1971 aparece o motor 250, com 4.1L e 140 cv. E em 1974, finalmente estreava o motor 250-S com tuchos mecânicos (apenas nesse ano), e taxa de compressão elevada em 0,7 ponto, comando com lobe center de 109° e levante de 6,5mm, o que levou a revista 4 Rodas a elegê-lo o carro mais veloz do Brasil, com 190,47 km/h, superando o Dodge Charger da Chrysler e o Maverick da Ford. Com essa configuração de motor, a potência era de 153cv. Foi o motor para bater nos concorrentes, e só foi “produzido” no Brasil!  Oferecido opcionalmente, este 250-S mais agressivo foi homologado para a antiga Divisão 1 da CBA, com taxa de compressão 9,2:1. Haviam versões mais comuns do 250 com taxa de compressão de 7,8:1 e 8,5:1, e potências líquidas entre 127 cv a 151 cv, respectivamente, mas todos poderiam comprar um 250-S em concessionárias GM!E o ronco?

Nenhum comentário:

Postar um comentário